Quer saber mais sobre tratamento de depressão em idosos?
- CRIM UFRJ Macaé
- 14 de abr. de 2016
- 2 min de leitura
A Representação da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) lançou o fascículo “Abordagem da depressão maior em idosos: medidas não medicamentosas e medicamentosas” que integra a série “Uso Racional de Medicamentos: fundamentação em condutas terapêuticas e nos macroprocessos da Assistência Farmacêutica”. O fascículo tem como proposta oferecer aos profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS informações científicas atualizadas, éticas de qualidade.
O fascículo aborda a terapêutica e traz informações relevantes sobre diferenças na depressão em idosos em relação a jovens adultos, sinalizando distinções na etiologia, manifestações, tratamentos e desfechos. Ademais, é demonstrado que a depressão em idosos pode provir ou ser agravada por outras condições como problemas de saúde relacionados à idade, tais como problemas cardiovasculares, inflamatórios, endócrinos e autoimunes. Outros fatores também influenciam, tais quais, o uso continuo de alguns medicamentos, adversidades psicológicas, como empobrecimento, isolamento social, abandono ou falta de solicitude de familiares, famílias pouco estruturadas, incapacidade funcional e vulnerabilidade social, mudanças de estilo de vida, como diminuição de atividades diárias, dependência de outras pessoas no exercício de atividades cotidianas e moradia em casas geriátricas, além de déficits cognitivos e fatores hereditários. Entre os idosos, a depressão piora a comorbidade, diminui a qualidade de vida e aumenta a mortalidade.
Algumas informações relevantes apresentadas pelo fascículo são:
A depressão maior unipolar pode ser tratada com medidas medicamentosas e não medicamentosas, e quando em associação, tem apresentado resposta mais favorável do que quando utilizadas separadas.
Em quadros agudos de depressão, o tratamento é realizado com antidepressivos, devendo-se escolher aqueles com menor potencial de efeitos adversos e de interações perigosas.
Em quadros graves envolvendo internação hospitalar, antidepressivos e eletroconvulsoterapia se mostram benéficos, sendo que essa última não aumenta o risco de perda cognitiva permanente.
As evidências sobre as intervenções não medicamentosas são parcas e conflitantes, devido a limitações metodológicas e variabilidade dos estudos. Ampla revisão considera benéficas a terapia cognitivo-comportamental e a psicoterapia interpessoal.
Os antidepressivos mais novos não se mostraram significativamente mais eficazes, e muitos deles apresentam mais efeitos adversos do que os mais antigos de mesma classe.
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